PET Biologia UFV

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Programa de Educação Tutorial - Biologia UFV

sexta-feira, 4 de setembro de 2020

Museu Nacional do Rio de Janeiro - 2 anos desde a tragédia.


    Dia 2 de setembro de 2018, por volta das 19h30, um incêndio de grandes proporções é anunciado. O local: o Museu Nacional do Rio de Janeiro, associado ao UFRJ. Na última terça feira, completa-se 2 anos desde essa catástrofe que feriu toda a comunidade científica brasileira.
    Fundado em 6 de junho de 1818, completou esse ano 202 anos de existência. Acometido pelo incêndio pouco depois de seu aniversário de 200 anos. A instituição científica mais antiga do país, um dos maiores museus de história natural e antropologia das Américas, vê seu acervo em chamas, aqueles que dedicaram suas vidas a estudos naquele lugar, em lágrimas. Aqueles que não conhecem sua história, tendem a repetir os mesmos erros do passado. Portanto, os museus são de importância absurda, para que possamos aprender com o passado, formas de viver no presente, como planejar um futuro melhor. 
    Aos futuros e aos atuais profissionais de Biologia, deixamos um apelo: que jamais deixemos de cobrar pela ciência, pela vida e pelo avanço. Que nós lembremos das cinzas da instituição que tantos de nós guardou, que tantos de nós formou, para que o fogo do retrocesso jamais ardam sobre nosso patrimônio!



    O acervo do Museu Nacional, assim como sua estrutura, sofreu severos danos. Dos 20 milhões de itens unidos nos últimos 200 anos, a maior parte foi completamente consumida pelo fogo. Em fevereiro do ano passado, pouco mais de 2 mil itens do acervo haviam sido encontrados nos escombros. 
    Ainda não é possível saber as proporções corretas da destruição, o trabalho de recuperação é constante, desde que foi possível voltar a estrutura do museu. Mas uma certeza se tem: a recuperação total do museu é impossível. 
    É importante lembrar que a Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro assinou um termo de doação de 20 milhões de reais para as obras de reconstrução e que devemos ficar atentos se essa verba realmente está chegando onde deve. Levando em consideração que essa fatalidade aconteceu muito pelo descaso do país em relação a cultura e a ciência, não podemos deixar passar em branco essa data e nem deixar de cobrar das autoridades mais empenho e seriedade. O Museu Nacional vive e é nosso dever tomar conta do que nos pertence não só como cientistas, mas também como cidadãos.




    As perdas materiais causadas pelo incêndio no Museu Nacional foram imensas, e tão imensurável quanto, foram as perdas pessoais, o sentimento de luto e comoção foi enorme. 
    Centenas de pesquisadores, alunos de seis cursos de graduação e pós graduação, além dos muitos servidores sentiram a perda de seu local de trabalho, de seus incansáveis estudos, de seus materiais de pesquisa. Sentiram a perda de uma parte essencial de suas vidas. 
    O movimento "Museu Nacional Vive" trás consigo a força de vontade dos associados de tornar a ver a importante entidade funcionando outra vez, assim como a empatia e o apoio de milhares de pessoas a mais antiga fundação científica do Brasil, incentivando a divulgação científica como meio para reconstrução do Museu. 
    E assim como o "Museu Nacional Vive", o "Museu Na Pele" demonstra o amor, a paixão e diferença que o mesmo fez na vida das pessoas, por meio de tatuagens voluntárias, uma singela homenagem ao grandioso museu. 
    A destruição do Museu como uma estrutura foi enorme, mas como instituição, carregada na pele e na mente de muitas pessoas, o museu segue forte, as pesquisas não param, a divulgação é constante. Como disse a doutoranda Francineia Fontes, preservar a lembrança e continuar a produzir ciência, mantém o museu vivo. A esperança ainda é grande, e ela reside em cada pessoa! 
#MuseuNacionalVive

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