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Noutros tempos, blasfemar contra Deus era a maior das blasfêmias; mas Deus
morreu, e com ele morreram tais blasfemos. Agora, o mais espantoso é blasfemar
contra a terra, e ter em maior conta as entranhas do inescrutável do que o
sentido da terra.” Com essa afirmativa, Friedrich Wilhelm Nietzsche, um dos
filósofos existencialistas mais notórios do século XIX, joga por terra aquilo
que por muito tempo foi visto como objeto de fé, exigência e sacralização: a
moral cristã ocidental.
Sua
filosofia, construída em meio a um sistema de aforismos, não é uma filosofia
gentil. Ela grita, perturba! Como colocar-se, então, diante deste “demônio que
ri”? Com sua escrita franca e aguda, como um arauto do apocalipse, o filósofo
que em vida foi um verdadeiro campo de batalha, deixa claro que a filosofia é,
antes de tudo, uma busca. Mas para buscar a essência nietzschiana é preciso
entender os percalços que o levaram à construção desses paradigmas.
Convido
a todos a “filosofar a marteladas” na próxima quarta-feira, dia 13/05, às 12h45
no ECS 124.
Natália Benevenuto